O Corinthians criou um plano emergencial para conter despesas e tentar recuperar o equilíbrio financeiro do clube. O presidente Augusto Melo e o diretor administrativo Ricardo Jorge assinaram a decisão.

A informação foi revelada por meio de apuração da Itatiaia e do portal Meu Timão. Segundo os veículos, o documento estabelece um prazo de 10 dias para que as diretorias adotem as medidas. Dessa forma, a meta é reestruturar a gestão e garantir a sustentabilidade da instituição a curto e médio prazo.
Além disso, como parte do plano emergencial, cada setor deve promover uma redução mínima de 30% no quadro de funcionários e nas despesas operacionais. Ao mesmo tempo, haverá cortes em materiais de escritório, com foco na reutilização de recursos. O clube também vai reavaliar contratos considerados “não essenciais”, especialmente os que geram custos fixos elevados.
Situação Financeira
Consequentemente, esse movimento reflete a grave situação financeira do Corinthians. De acordo com o balanço oficial divulgado recentemente, a dívida do clube chegou a R$ 2,568 bilhões em 2024, um aumento de R$ 407 milhões em relação ao ano anterior. Desse montante, R$ 668 milhões correspondem ao financiamento da Neo Química Arena. Já os gastos com pessoal somaram R$ 429 milhões.
No campo político, a pressão aumentou. O Conselho Deliberativo rejeitou as demonstrações contábeis de 2024, após recomendações negativas do Conselho de Orientação (Cori) e do Conselho Fiscal. Em resposta, a Comissão de Justiça do clube solicitou o afastamento imediato de Augusto Melo, que enfrenta quatro pedidos de impeachment, sendo um deles já com continuidade aprovada.
Portanto, o plano de emergência do Corinthians se torna uma tentativa urgente de reorganizar as finanças e preservar a estrutura do clube, mesmo em meio a turbulências internas e incertezas sobre o futuro.