A Justiça rejeitou a proposta mais recente apresentada pelo Corinthians no Regime Centralizado de Execuções (RCE). A decisão, assinada pelo juiz Guilherme Cavalcanti Lâmego, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, foi divulgada inicialmente pelo UOL Esporte.

Apesar da negativa, o magistrado prorrogou por mais 60 dias a suspensão das cobranças contra o clube, garantindo um novo período de respiro nas negociações.
O plano corinthiano previa o pagamento das dívidas em até dez anos, começando com repasses equivalentes a 4% da receita anual.
O juiz, no entanto, considerou o percentual insuficiente e definiu que o mínimo aceitável deve ser de 20%, com possibilidade de redução apenas se o clube comprovar que os recursos serão direcionados exclusivamente para quitar obrigações anteriores à adesão ao RCE.
O Corinthians agora tem dez dias para informar se aceita as novas condições. Caso recuse, o clube perde a chance de seguir com um acordo coletivo, o que obrigaria negociações individuais com cada credor e tornaria o processo mais lento e complexo.
Outro ponto da proposta que não passou pela análise judicial foi a criação da categoria de “credores parceiros”, destinada a empresários e prestadores de serviço que seguiriam atuando com o clube.
Para o magistrado, essa divisão é irregular, já que a legislação não prevê esse tipo de privilégio e, além disso, mais de um terço dos valores seria destinado ao grupo, ferindo o princípio de igualdade entre os credores.
A decisão mantém o clube em alerta, mas ainda com margem de manobra para ajustes que atendam às exigências da Justiça.








