O presidente interino do Corinthians, Osmar Stabile, reforçou a luta contra o cambismo nas primeiras semanas após a implementação do reconhecimento facial na Neo Química Arena. Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira, no Parque São Jorge, o dirigente afirmou que a nova gestão investiga casos de irregularidades e promete punir os responsáveis.
Desde que a biometria facial passou a ser obrigatória em estádios com mais de 20 mil lugares, o Corinthians adotou a medida como parte de uma reestruturação interna. Segundo Stabile, a diretoria anterior já tinha conhecimento de alguns problemas, mas não tomou providências efetivas. Agora, a nova gestão garante que vai agir com rigor. “Vamos abrir boletim de ocorrência sobre isso. Se tem cambismo, vamos atrás”, disse.
Além disso, Marcelo Munhoes, diretor de tecnologia do clube, explicou que a mudança traz mais segurança. De acordo com ele, o vínculo do ingresso com o CPF do torcedor inibe fraudes. Por essa razão, a venda e o uso de ingressos passaram a ser controlados digitalmente, dificultando o repasse e a revenda. O cadastro no sistema de biometria facial do programa Fiel Torcedor tornou-se obrigatório.
Mesmo com a nova tecnologia, o clube registrou queda no público pagante. Contra o Red Bull Bragantino, apenas 33.847 pessoas compareceram. No jogo seguinte, contra o Cruzeiro, foram 31.232 presentes, os piores números da temporada.
Apesar disso, o cenário tende a melhorar nesta quarta-feira, quando o Corinthians enfrenta o Palmeiras pela Copa do Brasil. Até o momento, o clube vendeu cerca de 25 mil ingressos, sem contar os setores de organizadas e camarotes.
Enquanto reforça a segurança, o Corinthians segue ajustando processos para garantir uma experiência mais justa aos torcedores.