Na próxima segunda-feira, o Corinthians poderá viver um dos momentos mais delicados de sua recente história política. O Conselho Deliberativo votará o processo de impeachment contra o presidente Augusto Melo, aberto ainda no ano passado por um grupo de conselheiros. Nos últimos dias, o clima se intensificou após a Polícia indiciar o presidente e três ex-dirigentes pelos crimes de furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro, relacionados ao caso VaideBet.

Ao todo, 300 conselheiros têm direito ao voto. Em votações semelhantes, aproximadamente 250 costumam comparecer. Por exemplo, na admissibilidade deste processo, 240 votaram, sendo 126 favoráveis. Portanto, a expectativa é de comparecimento elevado.
Se a maioria simples apoiar o impeachment, Augusto Melo perderá o cargo imediatamente. No entanto, a decisão ainda dependerá dos associados, que precisarão confirmar o afastamento em uma assembleia geral. Assim, mesmo após a votação de segunda-feira, o processo não se encerrará.
Além disso, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., deverá convocar essa assembleia em até cinco dias. Enquanto isso, o vice-presidente Osmar Stábile assumirá o comando interinamente. Embora o estatuto não defina um prazo para a nova votação, o clube precisa resolver a situação com urgência.
Caso os associados aprovem o impeachment, o Conselho convocará nova eleição interna. Apenas conselheiros poderão concorrer e votar. Apesar disso, o novo presidente poderá disputar uma eleição completa no triênio 2027–2029, desde que assuma após junho.
Por outro lado, se a maioria votar contra o impeachment, Augusto Melo seguirá como presidente do Corinthians até o fim de seu mandato, em 2026. Dessa forma, o desfecho de segunda-feira influenciará diretamente o futuro político do clube.