O que acontece se Augusto Melo for afastado da presidência?

Na próxima segunda-feira, o Corinthians poderá viver um dos momentos mais delicados de sua recente história política. O Conselho Deliberativo votará o processo de impeachment contra o presidente Augusto Melo, aberto ainda no ano passado por um grupo de conselheiros. Nos últimos dias, o clima se intensificou após a Polícia indiciar o presidente e três ex-dirigentes pelos crimes de furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro, relacionados ao caso VaideBet.

Imagem: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Ao todo, 300 conselheiros têm direito ao voto. Em votações semelhantes, aproximadamente 250 costumam comparecer. Por exemplo, na admissibilidade deste processo, 240 votaram, sendo 126 favoráveis. Portanto, a expectativa é de comparecimento elevado.

Se a maioria simples apoiar o impeachment, Augusto Melo perderá o cargo imediatamente. No entanto, a decisão ainda dependerá dos associados, que precisarão confirmar o afastamento em uma assembleia geral. Assim, mesmo após a votação de segunda-feira, o processo não se encerrará.

Além disso, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., deverá convocar essa assembleia em até cinco dias. Enquanto isso, o vice-presidente Osmar Stábile assumirá o comando interinamente. Embora o estatuto não defina um prazo para a nova votação, o clube precisa resolver a situação com urgência.

Caso os associados aprovem o impeachment, o Conselho convocará nova eleição interna. Apenas conselheiros poderão concorrer e votar. Apesar disso, o novo presidente poderá disputar uma eleição completa no triênio 2027–2029, desde que assuma após junho.

Por outro lado, se a maioria votar contra o impeachment, Augusto Melo seguirá como presidente do Corinthians até o fim de seu mandato, em 2026. Dessa forma, o desfecho de segunda-feira influenciará diretamente o futuro político do clube.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *