Corinthians tem jogo marcado na próxima terça-feira (18) no país que declarou estado de emergência sanitária por conta da síndrome de Guillain-Barré
Vanderlei Luxemburgo demonstrou preocupação com o jogo de volta contra o Universitario, que está marcado para a próxima terça-feira (18), em Lima, no Peru. A questão, porém, vai muito além das quatro linhas, já que o treinador citou o surto da síndrome de Guillain-Barré que vem acontecendo no país.
“Nós não somos cobaias. Queremos jogar no Peru, mas neste momento temos que ter responsabilidade. Por que temos que ir lá jogar? Será que no futebol sempre precisa acontecer algo para que as pessoas tomem decisões responsáveis? Então, tenho que me expor e expor a equipe lá?”, começou Vanderlei Luxemburgo.
“É necessário pensar com mais responsabilidade no futebol. Deve-se se preocupar com muito mais coisas, equilíbrio e não apenas com a parte financeira”, continou o treinador do Corinthians após a vitória contra o time peruano pelo jogo de ida.
Mesmo com o estado de emergência declarado, a tendência é de um Monumental U lotado, com mais de 60 mil pessoas presentes. Inclusive, o clube peruano anunciou que todas as entradas já estão vendidas. De acordo com nota oficial divulgada pelo Governo do Peru, o decreto é válido pelos próximos 90 dias. Só no primeiro semestre de 2023, mais de 180 pessoas registraram a doença.
Com a vitória por 1 a 0 no jogo de ida na Arena, em caso de um empate em Lima, o Timão garante a classificação. Uma derrota por um gol de diferença leva o jogo para os pênaltis. Antes de decidir uma vaga na competição continental, o Timão entra em campo jogando a vida na Copa do Brasil. No sábado (15), às 18h30, o time de Luxemburgo enfrenta o América-MG em busca de uma classificação para a semifinal da Copa do Brasil.
O que é a doença que preocupa Luxemburgo?
De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, a síndrome de Guillain Barré é um distúrbio autoimune, ou seja, o sistema imunológico do próprio corpo ataca parte do sistema nervoso, que são os nervos que conectam o cérebro com outras partes do corpo.
A maioria dos pacientes percebe inicialmente a doença pela sensação de dormência ou queimação nos pés ou pernas e, em seguida, mãos e braços, além de dores nos nervos e fraqueza progressiva no corpo todo.
