Na tarde da última sexta-feira (13), o empresário André Cury apresentou na justiça um de pedido de suspensa da RCE no Corinthians. A RCE é o Regime Centralizado de Execuções, que possibilita ao Timão negociar todas as suas dívidas de forma única. Contudo, Cury alega que Corinthians e Caixa estariam utilizando uma fraude no processo.
O RCE permitiria ao Corinthians não ter mais bloqueios judiciais partindo de empresários que tem algo a receber do clube. Sendo assim, o Timão teria um alivio a curto prazo em sua folha. Todavia, empresários que tem a receber perderiam também o poder de barganha, uma vez que não poderiam abrir cobranças judiciais que bloqueiam as contas do alvinegro.
André Cury alega que o Corinthians e a Caixa Econômica estariam juntos em um suposto processo de fraude a execução. Uma vez que o Corinthians por vezes teria cedido receitas de bilheterias, além de direitos de transmissão ao banco estatal. Contudo, esses valores posteriormente voltariam para livre movimentação do clube. Assim caracterizando fraude contra outros credores do time.
O Corinthians, por sua vez, alega que a RCE é de responsabilidade do Poder Judiciário. Sendo assim, um administrador é indicado pelo Estado e esse é o responsável por cuidar da divisão das receitas e fiscalização de questões relacionadas a pagamentos. O administrador também é responsável pela gestão de fluxo de caixa para o pagamento de credores.
Por fim, André Cury é empresário de Yuri Alberto e Charles, além de também ser empresário do treinador Ramón Díaz. Cury tem a receber mais de 30 milhões do Corinthians em negócios antigos e por várias vezes conseguiu bloqueios judiciais das contas do clube. Tais bloqueios iniciaram após a eleição de Augusto Melo como presidente do clube.
