A diretoria do Corinthians vem trabalhando junto com as torcidas organizadas para reduzir a punição referente a presença das organizadas nos estádios.
As torcidas organizadas foram punidas devido ao uso de sinalizadores com pirotecnia na final do Campeonato Paulista de 2025. Desde o dia 1º de abril, o torcedor está proibido de usar objetos que faça referência as organizadas do Timão nos estádios de São Paulo.
A punição veio da Federação Paulista de Futebol (FPF), e é por tempo indeterminado. O Juizado Especial Criminal (Jecrim) com a autorização do Ministério Público e do Batalhão de Choque da Polícia Militar recomendou a medida. A FPF apenas acatou a recomendação dos órgãos. Em nota cedida para o ge.globo a entidade disse:
“A FPF atendeu à recomendação feita pelas autoridades competentes. Eventuais tratativas sobre a revisão da medida devem ser conduzidas diretamente com o Ministério Público e a Polícia Militar, responsáveis por sua recomendação”.
As organizadas junto ao Corinthians irão tentar reverter a situação através de uma assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O TAC é um documento que o infrator assina se comprometendo que a ação punitiva não irá mais se repetir. Ou seja, se as torcidas organizadas assinarem o TAC, elas se responsabilizam pelos atos praticados. Contudo, reduzem —gradativamente ou completamente— as punições do Ministério Público.
O portal Meu Timão teve acesso ao advogado Renan Bohus, representante dos Gaviões da Fiel, que confirmou a tentativa da organizada.
“Informamos que os Gaviões da Fiel têm buscado diálogo com as autoridades competentes com o objetivo de flexibilizar a punição imposta às torcidas organizadas, por meio da celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). E importante destacar que a torcida vem cumprindo rigorosamente todas as medidas que lhe foram impostas, demonstrando respeito às instituições e compromisso com a retomada da normalidade. No entanto, entendemos que a penalidade aplicada é desproporcional e, por isso, temos buscado construir, de forma pacífica e responsável, uma solução que garanta o equilíbrio entre segurança, justiça e o direito à manifestação cultural das torcidas organizadas”, disse o advogado.