O setor de compliance do Corinthians realizou uma análise preliminar sobre a SAFiel e apontou pontos que ainda demandam esclarecimentos antes do avanço em qualquer possível parceria.

A avaliação levantou dúvidas relacionadas à recente constituição da empresa, ao baixo capital social inicial e à participação de um sócio que já teve vínculo com estruturas internas do clube.
A empresa foi registrada em julho deste ano sob o nome Invasão Fiel S/A, a SAFiel possui capital social declarado de R$ 3 mil, valor considerado incompatível com a meta divulgada de captação entre R$ 1,6 bilhão e R$ 2,5 bilhões.
A análise também destacou a presença de Maurício Chamati entre os sócios da empresa (Maurício é um dos donos do mercado bitcoin). Ele integrou, no ano passado, o Comitê Independente de Finanças durante a gestão de Augusto Melo, tendo acesso a informações confidenciais do clube. O setor interno avaliou que esse histórico pode ter contribuído para a elaboração do projeto.
Segundo o Corinthians, a verificação de dados é um procedimento padrão aplicado a qualquer empresa que manifeste interesse em estabelecer relações com o clube.
A proposta da SAFiel prevê a transformação do futebol corintiano em uma Sociedade Anônima do Futebol, separando a gestão do futebol das atividades sociais. A nova estrutura teria ações distribuídas entre torcedores e investidores institucionais, com limites de participação e de voto para evitar concentração de poder. Os recursos captados seriam destinados ao pagamento de dívidas, melhorias de infraestrutura e investimentos no elenco.
A dívida atual do Corinthians está estimada em aproximadamente R$ 2,7 bilhões, considerando o último balancete divulgado.








