O processo envolvendo o Corinthians e a dívida de R$ 43,2 milhões com o empresário Giuliano Bertolucci está suspenso. A Justiça de São Paulo determinou a suspensão após o clube informar que todas as execuções estão no Regime Centralizado de Execuções (RCE). Esse é apenas um dos processos do Timão com o empresário.
Atualmente, o Corinthians possui uma dívida total de R$ 78,1 milhões com Bertolucci, tornando-o o empresário com o maior valor a receber do clube. O empresário e o Corinthians alcançaram esse montante após diversas negociações durante gestões de antigos presidentes. As negociações envolveram desde renovações de contratos com atletas até contratações de novos jogadores.
Inicialmente, a dívida do Timão era inferior a R$ 40 milhões. No entanto, devido a juros, multas e encargos decorrentes de atrasos nas gestões anteriores, o valor quase dobrou. Apesar disso, Bertolucci sempre buscou acordos amigáveis com o clube para evitar ações judiciais. Contudo, após o Corinthians decidir solicitar o RCE, o empresário, com o aval do clube, entrou com o processo para ser incluído como um dos credores.
O que é o Regime Centralizado de Execuções (RCE)?
O RCE foi instituído para permitir que o Corinthians pague seus débitos com empresários de forma parcelada, com valores fixos mensais. Com essa medida, o clube teria um prazo de até 10 anos para quitar as dívidas, evitando novos bloqueios judiciais em suas contas. Com isso, empresários que possuem créditos a receber do Corinthians perderiam força na negociação de seus jogadores. No entanto, essa medida tem gerado polêmica no Parque São Jorge, pois a oposição acredita que ela pode ser o primeiro passo para transformar o clube em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Por fim, o Corinthians apresentou a medida à Justiça, com as devidas garantias. Porém, empresários como André Cury continuam a contestar o RCE, alegando que o Corinthians e a Caixa Econômica Federal estariam fraudando os recursos do clube.