Na manhã dessa segunda-feira (10) o presidente do Corinthians, Augusto Melo, concedeu entrevista coletiva na sala de imprensa de Timão. Em meio a todo escândalo da última semana, que colocou o Corinthians até em programas policiais, Augusto tratou de espantar a possibilidade de deixar o clube. Além disso, atribuiu a culpa do momento turbulento a opositores e traidores.
Quando questionado sobre os culpados por todo imbróglio da última semana, o mandatário corinthiano respondeu:
“Os opositores (são os culpados), as pessoas que não querem o bem do Corinthians. As pessoas que não aceitam que perderam as eleições. As pessoas que, será que são corinthianos de verdade?”, questionou Augusto Melo.
“Infelizmente, as pessoas não querem o bem do Corinthians, usam isso politicamente para que a gente possa ter esses problemas todos, principalmente financeiramente.”, completou o presidente.
Augusto ainda tratou de espantar a possibilidade de um possível impeachment que vinha sendo comentado por torcedores nas redes sociais. Além disso, também espantou a possibilidade de renuncia:
“Impeachment não existe. Não existe motivo para isso. Não penso nisso. Ninguém vai dar golpe aqui. Fui eleito pelo voto popular dos sócios. Terminamos uma dinastia de 16 anos que ninguém aguentava mais.”, respondeu.
Augusto Melo ainda saiu em defesa de Marcelo Mariano, apontado como um dos motivos para a saída de várias pessoas da sua direção. Matérias publicadas em alguns veículos de imprensa dizem que alguns de seus diretores pediram a saída de Mariano após ele ter sido citado como envolvido nos casos Vaidebet, além de ter supostamente interferido em outros setores do clube que não lhe cabiam.
“Não existe nada provado. Existe o que vocês falaram e o que saiu de alguém daqui de dentro. Isso chama-se traição. Errei de colocar certas pessoas aqui dentro, mas sempre deixei claro que amigos ficam do portão pra fora. Quem não tem competência pra estar aqui, não estar. Não julguem ninguém sem provas.”, concluiu o presidente.
Por fim, o Corinthians anunciou a coletiva após a empresa Vaidebet deixar o clube. A casa de apostas recorreu a clausula anticorrupção prevista em contrato para pedir a rescisão unilateral alegando que sua imagem vinculada ao Timão estaria fazendo mal ao nome da empresa. A situação ocasionou uma crise interna e externa no Corinthians, gerando vários comentários negativos e pressionando o presidente Augusto Melo.