Nesta segunda-feira (26), um grupo de conselheiros do Corinthians protocolou um pedido de impeachment do presidente Augusto Melo. O grupo conta com 90 pessoas e tem como um dos porta-vozes o ex-presidente Mário Gobbi, que atuou no cargo de 2012 a 2015, e o ex-diretor de futebol Rubão. O protocolo foi enviado ao presidente do conselho deliberativo, Romeu Tuma Jr., que encaminhou o processo para o delegado César Saad. Assim, Tuma Jr. tem cinco dias para encaminhar o processo ao conselho de ética do Corinthians.
Se o processo prosseguir, o plenário do conselho deliberativo votará em uma sessão extraordinária antes que o presidente atual possa ser removido do cargo. Enquanto isso, o presidente terá o direito de se defender. Portanto, mesmo que haja aprovação do conselho corintiano, o impeachment do presidente só ocorrerá se os sócios do clube concordarem com a decisão.
No pedido, os conselheiros alegam o rompimento do contrato com a Vaidebet devido à suposta participação de um laranja na negociação como principal causa para a decisão. Os conselheiros citaram o caso em que Augusto Melo agrediu um torcedor do Cruzeiro em Belo Horizonte. Além disso, acusam o atual presidente de envolvimento com milícia digital.
Segundo o jornalista Pedro Ramiro, a acusação de milícia digital é de que o Corinthians tem pago para influenciadores falarem bem da atual gestão nas redes sociais. Entre os nomes citados estão Blog do Macedo, Marcão da Fiel, Teleco e Washington Araújo. A denúncia afirma que Washington Araújo foi quem liderou essa operação e comandava robôs para comentar contra as notícias negativas sobre o clube. Os perfis Blog do Macedo e Teleco negaram, através das redes sociais, qualquer envolvimento com as acusações e consideram-nas falsas.