O Corinthians venceu o Estudiantes/ARG por 1 a 0, na noite do último dia 22, na Neo Química Arena e abriu vantagem no confronto das quartas de final.
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Mas o corinthiano de memória fresca, vai se lembrar de uma recente e dolorida eliminação em outra copa, a do Brasil.
Isso porque, com vantagem mínima no placar do confronto de 180 minutos, construída nos primeiros 90, o Corinthians de Luxemburgo resolveu ir ao Morumbi com o regulamento debaixo do braço.
A equipe abdicou da bola, preferindo assim, deixá-la com o rival.
O problema maior é que as partidas anteriores já tinham dado alguns recados e o principal deles talves fosse: A equipe não se defende bem.
Praticamente todos os adversários anteriores do Corinthians, na Neo Química Arena ou não, finalizaram mais vezes, hora assustando, hora não.
Mas Cássio precisou trabalhar e salvar o Timão algumas vezes.
Tudo isso foi devidamente escanteado graças à uma invencibilidade de 11 jogos naquela oportunidade.
Só se falava da bendita série, que trazia uma bonança não vivida em 2023.
O ano tem sido complicado, com trocas de treinadores, com eliminações, vendas de atletas, poucas reposições, falta de padrão tático definido, entre outras coisas.
Bem-vinda, realidade!
Contudo, a realidade bateu na porta e como o Corinthians respondeu que poderia entrar, ela entrou de sola, quebrando a porta e deixando sequelas.
De nada valeu a série invicta contra um São Paulo que não tomou nenhum conhecimento do rival e se classificou sem maiores dificuldades, mesmo em desvantagem.
Ah, mas houve um gol com a mão.
Sim, porém mesmo com a irregularidade ignorada pelo VAR, o tricolor fez o que quis e o gol poderia sair de outras formas, em outros minutos.
Ou seja, o Corinthians pensou que poderia controlar algo incontrolável.
O ambiente do Morumbi, o São Paulo reforçado, motivado e com um técnico que a direção alvinegra preferiu não trazer, fez com que a tragédia fosse questão de tempo.
Passado o tempo, se exitiu autocrítica do lado corinthiano, o próximo dia 29 será diferente.
A equipe argentina é mais fraca que o rival paulista, o estádio terá uma torcida que cantará o tempo todo e o adversário precisa reverter a vantagem.
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O que o Corinthians pode fazer é ter atitude, ou seja, não só dar a bola aos Pincharratas, mas também sair para o jogo.
Corinthians já sabe o que NÃO se deve fazer
Não só mandar a bola de qualquer jeito para o ataque.
Pode tentar tocar a bola, pode tentar sair jogando, fazer a redondinha passar pelos seus meias, volantes, chegar ao centroavante com qualidade.
Vanderlei Luxemburgo já tentou fazer a mesma tática outras vezes e em todas elas, sofreu.
Por fim, se jogar, pode voltar com a vaga para as semifinais.
Se escolher deixar a bola com os donos da casa, a chance de a temporada corinthiana se resumir ao Brasileirão, será enorme.